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Pará de Minas,01/10/2025

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'Ghost of Yotei' é evolução natural e mais bonita de um dos melhores games dos últimos anos; g1 jogou

g1.globo.com
'Ghost of Yotei' é evolução natural e mais bonita de um dos melhores games dos últimos anos; g1 jogou


Há dois tipos de público que vão gostar de "Ghost of Yotei", novo game sobre samurais exclusivo para o PlayStation 5 lançado nesta quinta-feira (2).
O primeiro grupo é composto por fãs de "Ghost of Tsushima", jogo que deu início à franquia em 2020 ao conquistar seguidores aos poucos, graças a um mapa aberto rico, uma história interessante e um sistema de batalha inovador.
Uma evolução natural que se beneficia dos avanços técnicos da nova geração de consoles, "Yotei" respeita e amplia tudo aquilo que fez de seu antecessor um dos melhores games dos últimos anos.
Já o segundo é formado por pessoas que nunca nem jogaram "Tsushima", mas que procuram um bom jogo de ação e aventura com toques de RPG passado no Japão feudal e toneladas de homenagens ao cinema de samurais.
Parece óbvio, mas escolher o caminho da continuação indireta – com trama ambientada séculos depois e sem personagens em comum – dá liberdade para que um novo público descubra a série sem as amarras do conhecimento prévio de mitologia ou cânone.
Até dá uma certa saudade do sofrido Jin, mas não demora para que a nova protagonista prove ser uma alternativa até melhor, uma personagem complexa com encaixe mais adequado à proposta do jogo.
Uma pena que o enredo da sequência sofra tanto com a inevitável comparação com "Assassin's Creed Shadows", outro game sobre samurais e ninjas e uma jovem heroína em busca de vingança contra um grupo de vilões mascarados espalhados por um grande mundo aberto.
Assista ao trailer de 'Ghost of Yotei'
Japão aberto
O mundo aberto de "Yotei" é ainda mais rico que o de "Tsushima". A ilha de Hokkaido escolhida para a continuação oferece maior variedade de ambientações para jogadores que sentiram falta de mudanças mais acentuadas no antecessor.
Com poder de processamento maior, a sequência também oferece cenários ainda mais cinematográficos – uma escolha declarada no ângulo para o qual a câmera se posiciona nas cavalgadas e na adição de novos modos inspirados em ainda mais diretores japoneses renomados.
Além de Kurosawa Akira, Miike Takashi e Watanabe Shinichirō também inspiram filtros que mudam a fotografia, adicionam sangue e lama e até uma trilha sonora lofi produzida pelo próprio cocriador de "Cowboy Bebop".
A maioria dos labirintos oferecidos continua tão criativos quanto os anteriores. Uma pena que atividades mais contemplativas, como a composição dos haikus, tenham sido substituídas por desafios meio bobos, que tentam explorar as possibilidades do controle do PS5 – com resultados que variam do "meh" ao "ok".
Pelo menos a limpeza da interface continua, com dicas naturais – como pássaros ou o vento – usadas como guias para novas missões ou quebra-cabeças escondidas pelo mundo.
'Ghost of Yotei'
Divulgação
Combate de excelência
O principal que "Yotei" precisava fazer para manter o sucesso era respeitar o sistema de combate delicioso de "Tsushima". A continuação troca as diferentes posturas, que deveriam ser adotadas de acordo com o inimigo enfrentado, por armas diferentes.
Poderia dar muito errado, mas tira o jogador da zona de conforto e oferece novas opções para personalização – e nisso é difícil criticar a equipe da Sucker Punch.
O primeiro já oferecia alternativas lindas de armaduras, máscaras, tinturas e espadas para Jin. O novo jogo expande o cardápio e desde o começo dá ao jogador uma seleção ainda mais avançada.
Dito isso, vale ressaltar que os combates continuam o ponto alto da série. Em especial depois do avanço das habilidades da protagonista e do encontro com capangas variados, que deixam cada luta mais complexa, cinematográfica e invariavelmente única.
'Ghost of Yotei'
Divulgação
'Yotei' vs. 'Shadows'
Mas, afinal, qual o melhor? "Ghost of Yotei" ou "Assassin's Creed Shadows"?
Daria para dizer que a comparação é desnecessária. A história é muito parecida, sim, mas com a inspiração declarada de ambos os estúdios em tramas de vingança clássicas do cinema de samurais, é possível até fazer vista grossa para as semelhanças.
Ambos oferecem possibilidades para públicos que buscam coisas diferentes. "Shadows" inova mais com a mudança entre seus dois protagonistas e grandes cenários urbanizados – que evocam até uma proximidade com o bom "Rise of the Ronin", de 2024.
Mas a velha mania da Ubisoft de lotar seus jogos com atividades em excesso pode desanimar uma parcela dos jogadores.
Já "Yotei" é mais contemplativo, mais cinematográfico e, como já repetido algumas vezes por aqui, possui um sistema de combate mais rico, que poucas outras franquias de ação oferecem atualmente.
Há espaço para todos os games de samurai neste mundo – mas a série "Ghost", por ora, tem um lugar reservado neste coração.
Cartela resenha crítica g1
Arte/g1

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