Morre Paulo Soares, o “Amigão da Galera”, ícone da ESPN e da comunicação brasileira

O jornalismo esportivo brasileiro amanheceu mais triste nesta segunda-feira com a notícia da morte de Paulo Soares, conhecido carinhosamente como “Amigão da Galera”. Segundo a ESPN e fontes próximas, ele tinha 63 anos.
Trajetória e legado
Paulo Soares era uma figura emblemática do jornalismo esportivo. Sua carreira teve início ainda na juventude: aos 15 anos, já narrava partidas esportivas na Rádio Clube de Araras. Ao longo dos anos, passou por diversas emissoras de rádio importantes — como Gazeta, Record, Globo, Bandeirantes e Estadão/ESPN — construindo reputação como comunicador versátil e respeitado.
Na televisão, esteve em canais como Gazeta, Record, Cultura e SBT antes de se firmar definitivamente na ESPN Brasil, onde trabalhou por quase três décadas.
No programa SportsCenter, formou parceria lendária com Antero Greco — que faleceu em maio de 2024 — e juntos criaram uma sintonia de críticas, comentários e humor, muito apreciada pelo público. Além disso, participou de outros programas esportivos de destaque, como o Linha de Passe.
O apelido “Amigão da Galera” teria surgido em 1990, proposto pelo colega e repórter Osvaldo Pascoal, durante o período em que Paulo atuava na Rádio Record.
Reações e homenagens
A notícia da morte de Paulo Soares causou comoção entre colegas, fãs e instituições esportivas. O jornalista Alex Tseng, amigo de longa data, manifestou seu pesar nas redes sociais:
“Descanse, Paulo. Você lutou bravamente. Ficam as lembranças, longas conversas, risadas… Gratidão por tudo nesses quase 40 anos de amizade.
A ESPN também emitiu nota lamentando profundamente a perda de um de seus grandes nomes.
Ainda não há confirmação oficial dos detalhes sobre velório e sepultamento.
Reflexão sobre uma personalidade única
Paulo Soares deixa um vácuo difícil de preencher. Ao longo de sua carreira, ele soube conciliar credibilidade jornalística com leveza, proximidade e humor — qualidades que o tornaram querido por colegas e por sua audiência.
Sua parceria com Antero Greco marcou época justamente pela espontaneidade e pelo respeito ao leitor ou telespectador. Em momentos tensos do esporte, era comum vê-los dividir risadas ou comentários sagazes, humanizando o universo muitas vezes rígido da cobertura esportiva.
O “Amigão” deixa mãe (Anna Maria), companheira (Marlene), irmãos (Marcelo e Roberto) e uma legião de admiradores que viveram seus bordões, suas tiradas e sua paixão pelo jornalismo esportivo.
COMENTÁRIOS