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Pará de Minas,14/05/2025

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José Mujica queria ser cremado e enterrado ao lado da cadela Manuela

noticiasaominuto.com.br
José Mujica queria ser cremado e enterrado ao lado da cadela Manuela

O ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, ícone da esquerda latino-americana, morreu nesta terça-feira (14) aos 89 anos. Entre as muitas histórias que marcaram sua trajetória, uma das mais emocionantes foi a relação especial com sua cadela Manuela, de três patas, com quem dividiu mais de duas décadas de vida simples na chácara Rincón del Cerro, nos arredores de Montevidéu.


 

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Mujica sempre se referiu a Manuela como “a rainha da casa”. A cadela, que morreu em 2018, foi enterrada sob uma sequoia na propriedade onde o ex-presidente vivia com a esposa, Lucía Topolansky. Em entrevistas, Mujica expressou o desejo de ser cremado e ter suas cinzas depositadas junto da cadela. “Viveu 22 anos, o que é um recorde para um cão. Está enterrada debaixo de uma sequoia. No dia em que morrer, pedi para ser cremado e as cinzas colocadas ali, debaixo daquela árvore, ao lado da Manuela”, contou à CNN em 2020. “Quanto mais conheço os humanos, mais gosto dos cães.”


No fim de 2024, ele reiterou seu desejo: “O meu destino é debaixo daquela sequoia, onde a Manuela está enterrada. Quando morrer, vão cremar-me e enterrar-me lá”.


Mujica também refletiu sobre a existência e a morte com seu estilo filosófico característico: “A vida é uma aventura de moléculas. Este pedaço em que estamos no topo do planeta é o paraíso e o inferno. Viemos do nada e vamos para o nada. Gostaria que houvesse vida após a morte, mas acho que não”.


Manuela nasceu em Paysandú e era filha de Dunga, o cão da irmã de Topolansky. Foi batizada em homenagem à personagem da animação argentina Manuelita, la tortuga. Apesar de um início difícil com o pastor alemão que vivia na chácara, os dois se tornaram inseparáveis e “saíam juntos para caçar”, contou Lucía. Quando o pastor alemão foi envenenado, Manuela assumiu seu espaço com destaque e passou a dormir dentro de casa, sempre próxima ao casal.


A cadela perdeu uma das patas em um acidente com um trator dirigido pelo próprio Mujica. Perseguida por cães da região, correu na direção do dono e foi atingida. “O tendão ficou pendurado”, contou Mujica, com tristeza.


O carinho era mútuo. Em 2005, quando Mujica ficou hospitalizado por um mês, Manuela sentiu a ausência profundamente. “Ia às seis da manhã tomar conta dele e voltava às seis da tarde. Quando chegava no carro, ela estava lá à espera. De que é que ela estava à espera? Que o Pepe saísse. Estava toda contente e depois… orelhas caídas. No dia em que ele voltou, parecia que a cauda dela ia cair de alegria”, lembrou Topolansky.


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