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Pará de Minas,13/05/2025

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Ucrânia pede ajuda do Brasil para 'convencer' Putin a participar de conversa com Zelensky

g1.globo.com
Ucrânia pede ajuda do Brasil para 'convencer' Putin a participar de conversa com Zelensky


Chanceler ucraniano disse ter falado por telefone com Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, e pediu que Brasília use 'voz competente' com Putin. Ucrânia e Rússia anunciaram no fim de semana 'conversa direta', mas Kremlin disse não saber mais se líder russo comparecerá. Lula e Zelensky.
Estadão Conteúdo/Getty Images via AFP
A Ucrânia pediu ajuda ao Brasil para tentar garantir que o presidente russo, Vladimir Putin, compareça a um encontro marcado com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta semana na Turquia. Kiev pediu que o governo brasileiro use sua "voz competente" para convencer Putin.
No fim de semana, a Rússia propôs um diálogo direto com a Ucrânia para encerrar a guerra entre os dois países, que já dura mais de três anos. Zelensky concordou com a ideia e disse que a conversa acontecerá na quinta-feira (15) em Istambul, na Turquia. Nesta terça, no entanto, o Kremlin disse não confirmar se Putin comparecerá, e Kiev começou a pressionar pela presença do líder russo.
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O pedido ocorre meses após Zelensky ter descartado contribuição brasileira nas mediações pelo fim da guerra na Ucrânia. (Leia mais abaixo)
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, disse que pediu ao chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que intervenha e peça para que Putin compareça ao encontro. Sybiha afirmou ter conversado por telefone com Mauro Vieira nesta terça-feira (13) e solicitou que Brasília use sua "voz competente" para tratar com o governo russo.
"Reafirmei a prontidão do presidente Zelensky para se encontrar com Putin na Turquia e pedi ao Brasil que use sua voz competente em seu diálogo com a Rússia para que este encontro direto de mais alto nível aconteça", disse Sybiha.
O Itamaraty confirmou a conversa entre os chanceleres e disse que Vieira reiterou a defesa do governo brasileiro por uma negociação direta entre Rússia e Ucrânia, posição defendida desde o início do conflito, e mostrou satisfação com a proposta de Putin para retomar as tratativas.
O presidente Lula esteve em Moscou no início da semana, quando se reuniu com Putin. Segundo fontes do governo brasileiro, Lula pediu ao líder russo que declare um cessar-fogo estendido na Ucrânia.
Desde 2023, Lula vem propondo intermediar um diálogo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, que estão em guerra desde que as forças de Moscou invadiram e começaram a bombardear o país vizinho, em 24 de fevereiro de 2022.
Mas a mediação do Brasil perdeu força após o presidente brasileiro travar embates públicos com Zelensky. Lula já disse que, se Zelensky fosse "esperto", diria que a solução para a guerra com a Rússia é diplomática, e não militar.
O líder ucraniano, por sua vez, declarou que o brasileiro não é mais um "player" nas negociações entre Rússia e Ucrânia e que "o trem do Brasil já passou".
Em meio às divergências, ainda em 2023, Lula se recusou a encontrar Zelensky em Brasília, quando o ucraniano fez escala no Brasil para ir à posse de Javier Milei como presidente da Argentina.
Encontro na Turquia
Presidente Lula se reuniu, hoje, com presidente russo Vladimir Putin
No domingo (11), Putin propôs retomar conversas diretas com a Ucrânia para encerrar o conflito. A oferta do presidente russo veio após líderes europeus ameaçarem impor novas sanções ao país caso não haja uma trégua de 30 dias na Ucrânia.
Zelensky considerou a proposta de Putin "um sinal positivo", mas exigiu um cessar-fogo imediato. Depois, disse que o encontro acontecerá na quinta-feira (15) em Istambul.
Nesta terça, o Kremlin não confirmou, nem descartou, que Putin irá a Istambul e que, em seu lugar, poderia enviar representantes. Zelensky, em resposta, disse que o diálogo só ocorrerá se Putin estiver presente, acusou seu homólogo russo de estar "com medo" e pediu, então, que seu chanceler recorresse ao Brasil para pressionar Moscou.
Caso o encontro de fato ocorra, esta será a primeira vez em que os líderes da Rússia e da Ucrânia estarão frente a frente desde o início da guerra.

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