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'Decidi obedecer', diz cardeal condenado à prisão após desistir do conclave

g1.globo.com
'Decidi obedecer', diz cardeal condenado à prisão após desistir do conclave


Giovanni Angelo Becciu, condenado por peculato, renunciou aos direitos de cardeal em 2020 e foi proibido de participar da eleição, conforme documentos assinados pelo papa Francisco. Cardeal Giovanni Angelo Becciu, em 28 de julho de 2018
Andreas Solaro/AFP
O cardeal italiano Giovanni Angelo Becciu, que perdeu os direitos ao cardinalato após ser condenado por peculato, anunciou de forma oficial nesta terça-feira (29) que vai "obedecer" à decisão da Igreja Católica de o vetar do conclave que elegerá o próximo pontífice.
A informação havia sido adiantada pela imprensa italiana na segunda-feira. O religioso causou polêmica na semana passada ao pressionar o Vaticano para ser admitido na votação.
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"Tendo no coração o bem da Igreja, à qual servi e continuarei servindo com fidelidade e amor, assim como para contribuir com a comunhão e a serenidade do conclave, decidi obedecer como sempre fiz", afirmou o cardeal em comunicado enviado à agência de notícias AFP por seu advogado.
Angelo Becciu, 76 anos, já foi uma das figuras mais poderosas do Vaticano, assessor de Francisco e chegou a ser considerado um dos nomes favoritos para assumir a liderança da Igreja Católica, mas uma operação imobiliária opaca em Londres o levou à Justiça e ao ostracismo clerical.
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Cardeal condenado
Becciu renunciou aos direitos ligados ao cardinalato em 2020, após ser alvo de uma investigação sobre irregularidades na compra de um imóvel de luxo em Londres. Na ocasião, o Vaticano anunciou que o papa Francisco havia aceitado a renúncia.
Segundo as investigações, em 2014, o Vaticano gastou mais de US$ 200 milhões na aquisição do imóvel. De acordo com a BBC, parte do dinheiro utilizado deveria ter sido destinada a obras de caridade.
O acordo foi assinado por Becciu, que, na época, atuava como chefe de gabinete do papa. Além disso, o religioso também teria desviado recursos para a diocese de sua cidade natal, na Sardenha, beneficiando membros de sua própria família.
Em dezembro de 2023, Becciu foi condenado a cinco anos e seis meses de prisão, além da inabilitação perpétua para cargos públicos, por peculato e abuso de poder. A decisão foi proferida pelo Tribunal do Vaticano. O religioso recorreu da decisão e continua em liberdade.
Um dia após a morte do papa, Becciu anunciou que havia viajado para Roma para participar do conclave. Ele alegou que o papa havia garantido que seus direitos como cardeal eram vitalícios.
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado de Francisco por anos, entregou a Becciu dois documentos assinados pelo pontífice argentino, confirmando que ele não poderia participar do conclave. A primeira carta é de 2023, e a outra é do mês passado, de acordo com o jornal Domani.
Parolin também teria apresentado os documentos aos cardeais reunidos para preparar o terreno para o conclave.
Becciu já foi considerado uma figura influente no Vaticano. Como conselheiro de Francisco, chegou a ser apontado como possível sucessor. Em 2018, foi nomeado cardeal pelo próprio papa, mas perdeu espaço na Igreja após o escândalo vir à tona.
O religioso sempre negou as acusações e chegou a afirmar que Francisco havia perdido a fé nele.
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