Ministra Anielle Franco depõe na PF sobre caso de suspeita de assédio envolvendo ex-ministro Silvio Almeida
Depoimento terminou por volta de 11h20, segundo Assessoria de Imprensa da ministra. Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro no dia 6 de setembro após denúncias; ele nega. Anielle Franco presta depoimento sobre denúncia de assédio
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, prestou depoimento na Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (2) sobre o caso em que o ex-ministro Silvio Almeida é investigado por supostamente cometer assédio moral e sexual enquanto comandava a pasta dos Direitos Humanos.
Antes mesmo de deixar a PF, a Assessoria de Imprensa da ministra informou que Anielle não falaria com a imprensa. Ainda segundo a Assessoria, Anielle foi ouvida até por volta de 11h20.
O depoimento foi confirmado pela própria ministra nesta terça (1º) ao blog da Andréia Sadi. Silvio Almeida nega ter cometido assédio sexual e repudia denúncias.
Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro no dia 6 de setembro após denúncias de assédio sexual contra mulheres. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, teria sido uma das vítimas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça determinou a abertura de um inquérito na PF para investigar as acusações, o que ocorreu em 17 de setembro.
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida
Renato Araújo/Câmara dos Deputados; Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
O que aconteceu?
A ONG de combate ao assédio sexual Me Too Brasil afirmou na quinta-feira (5) que recebeu denúncias contra o então ministro dos Direitos Humanos.
Os nomes não foram divulgados. Segundo o portal Metrópoles, uma das vítimas teria sido a ministra Anielle Franco.
Silvio Almeida negou que tenha praticado assédio sexual e repudiou as denúncias por meio de uma nota e vídeo oficial.
Silvio Almeida foi indicado ao Ministério dos Direitos Humanos no fim de 2022 e assumiu a pasta em janeiro de 2023, início do governo Lula.
O advogado também fez parte do grupo técnico de Direitos Humanos durante a transição governamental.
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